quinta-feira, março 29, 2007

Post vindo de alguém que não sabe bem o que é uma rotunda

Tinha um blogue na costureira há algum tempo. Faltava pregar-lhe os botões. Hoje, no pior dia para o fazer (estou a pouco mais de 24 horas do meu segundo exame de condução), tomei coragem. É só meu, mas não o suficiente para que eu me orgulhe dele. Até jazz.

quarta-feira, março 28, 2007

Pandora (todos os bens da humanidade)

Adivinha os nossos gostos. Deixa-nos descobrir coisas novas. Não tem interrupções nem pausas para publicidade. É discreta e adequada. Um dos projectos mais asseados (apesar de tudo) da Internet. E viva a Internet. A Pandora Internet Radio.

*Sugestão para quem gosta de jazz: começar por Brad Meldhau.

Perry como?

eu não vou ir

A chata da Teresa Salgueiro gravou um disco com canções da Bossa Nova. Que vai ser de mim agora, Joãozinho?

segunda-feira, março 26, 2007

O Mau Alemão

Ao contrário do que se diz por aí na blogosfera, «O Bom Alemão» é um filme horroroso, não vão ver. Só consola a Cate Blanchett, que é gira, e o facto de o George Clooney passar o filme todo a levar porrada. Aproveito para pedir desculpa ao senhor que estava à minha esquerda, que pelos vistos estava a gostar do filme e teve de me (nos) pedir para não falar. Mas eu tenho uma desculpa. Não estava só a rir-me do filme; é que a pessoa que estava ao lado da minha companhia peidou-se sonoramente várias vezes.

As vinhas da ira? As vinhas da fúria? Não, a fúria das vinhas!

Não podia deixar de chamar a atenção dos nossos leitores para o título da mais recente obra de Francisco Moita Flores: «A Fúria das Vinhas». É uma pena que a consciência da impossibilidade da originalidade seja tanta que já ninguém tente ser um bocadinho menos parecido com os outros. Se eu fosse o John Steinbeck, já estava às voltas no caixão. Mas uma coisa é certa: Moita Flores já não leva o Nobel.

Tiro no escuro

Parece que Salazar foi eleito o grande português. Ainda bem que o programa da RTP não se chama "Grandes Europeus", senão talvez tivesse ganho Hitler.

domingo, março 25, 2007

Spam (desta vez "a sério")

Recebi uma mensagem do endereço accounts-noreply@google.com com o subject «Recebemos uma denúncia sobre o seu profile no Orkut». Comecei a ler o mail. Soube logo na primeira linha que afinal não se tratava de uma denúncia, mas sim de cinco denúncias relacionadas com, voilà, PEDOFILIA (em caixa alta). Não precisei ler mais para saber que era uma grande treta (se bem que as idades dos meus namorados têm decrescido com o tempo). Mas não apaguei o mail sem seguir o link que me davam para "rectificar" a situação. Nada de estranho... o link levava-me ao download de um certo ficheiro ORKUT.exe. Para dar um tom de credibilidade à coisa, remeteram-me no final do e-mail para a página das FAQs (Frenquently Asked Questions) do Google. Depois, num tom de verdadeiro profissionalismo, remataram com a seguinte frase «Não é necessário responder a esse email. Só siga as instruções acima ditas. Gratos!» Nada do que escreveram tinha acentos e as frases estavam bastante mal construídas. Os piratas informáticos teriam muito mais sucesso se arranjassem maneira de escrever melhor - e deve ser por isso que os piratas que escrevem em Inglês têm mais sucesso, porque para escrever bem em Inglês não é preciso muito.

Conheço pelo menos duas ou três pessoas que cairiam nisto. Umas pela inexperiência, outras por uma queda secreta por lolitas(os). São precisos alguns anos de spam para perder a ingenuidade. O que é pena é que quando se perde este tipo de ingenuidade, já não há muito que se possa ganhar.

sexta-feira, março 23, 2007

Deixa o teu perfume no elevador

terça-feira, março 13, 2007

Canta comigo

A repetitividade mata lentamente
a repetição dos acontecimentos
repetidos devagar simplesmente
porque são repeticentos

Lentos enquanto se repetem
Repartição como finanças
os dias que se intrometem
Na repetição destas andanças

Repõe a verdade com lentidão
da vida repetida que anda lenta
repetiste o ontem sem variação
repete amanhã enquanto não rebenta.

Carpe Diem

Amanhã a minha faculdade festeja VINTE E NOVE anos e não há aulas a partir das 15h. Os alunos estão convidados para a sessão solene com a presença do reitor da universidade e do director da faculdade. Este ano o Orçamento de Estado deve ter sido generoso para a minha faculdade; ou então a direcção é epicurista.

segunda-feira, março 12, 2007

[a] marcha da aglomeración intercalada de alguns palabrones

puta que pariu
disse, fui eu
ella fue
és linda bebé
quero deixar o mundo
automaticamente
encher-me de comprimidos
infectar o yo de raiva, de ira
la persona de
500 pecados mortais
dar o salto
dar el trambolhão
agarrar la granada y
solamente
ir
sabe-se lá para adonde
[assim vai a população]
yo cierro los ojos
o actor recita poemas in
cen di ári[d]os
eu quero, yo quiero
gritar mucho por mi madre
hoy, mergulhar nas ondas
de choques y antidepressivos
él le dice, pero de forma erudita
repara,
tu fodes muito bem
está a ficar tarde
estoy atrasada para cair
en el abismo ou
no caixote do lixo
del poeta. fui
eu
ella fue.

a.a. 2007

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Quem Te viu e Quem TV?

Pois é, já foi assim, em tempos.

Atenção à grande Eartha Kitt.

Mr. Lawrence goes Lost in Translation



domingo, março 11, 2007

Distribuição do saquitel de mirra na terapia do amor

.

quinta-feira, março 08, 2007

Post Porco

Gaba-te incesto.

terça-feira, março 06, 2007

E, só para chatear,

trinta e cinco segundos do padrinho do pianista português (que não esgota no piano os seus atributos) Sérgio Varella Cid que, mui gentilmente, o genial Joel Costa me deixou conhecer (e o meu A. que me ofereceu o seu livro, matreiramente aconselhado pela sua A.), pela mão da Casa das Letras. Não percam, por nada, a "Balada para Sérgio Varella Cid" - e não tenham medo, pois enquanto se deliciam com o livro, Messieur Poirot não vai invadir a vossa sala e sacadir-vos da poltrona[*].


[*]Nota inspirada pelo inspiradíssimo Prof. Abel Barros Baptista.
PS: e parece que este senhor também era visita da casa dos Varella Cid. Ah, e este também.

Atenção: pode causar vertigens.

O que é o jornalismo? (parte dois)

Segundo Daniel J. Boorstin, o fim ou o que quer que seja que está a acontecer com o Estado Civil é um pseudo-event.

Só faltava alguém ir para o seu blogue falar bem de mim

José Mário Silva parece incomparavelmente mais interessante quando não fala bem de Pedro Mexia.

sexta-feira, março 02, 2007

Algumas considerações sobre o meu fantasma sério

Estou farta do meu fantasma sério.
Finge que não me conheces, vá.
E não me venhas dizer que não és sério.
Tu sabes muito bem que só pode não ser sério quem se marimba para as asneiras que faz.
Só é sério quem diz não ao não dizível, sem se atrever a pensar nele.

O meu fantasma sério tem culpa.
Tu não tens culpa no cartório, eu sei.
Mas é só porque nunca casaste.
(Ou porque nunca levaste o casamento a sério.)

O meu fantasma sério não fala.
Tu não falas, tu doutrinas.
Chato, chato, chato.
Mais três vezes.

O meu fantasma sério é um bicho de sete cabeças.
Isto tudo porque, de outra forma, não poderia justificar o facto de tu não deveres muito à coerência.

O meu fantasma sério diz que não é sério.
Mas só queres evitar que eu me torne séria.
Como se não ser sério fosse uma qualidade.

O meu fantasma sério nunca foi meu amigo.
Só porque não quiseste.

O meu fantasma sério sabe que já estava perdoado antes de me magoar.
Deve ter sido por isso que continuaste a magoar-me.

O meu fantasma sério deve pensar que eu vou voltar a falar com ele.
Mas eu não te falo se não deixares de ser sério.

O meu fantasma sério é sério como um pai.
Logo, nunca me devias ter visto nua.

E depois, como seria de contar, convém tomar um Alka-Seltzer

O que os vegetarianos querem não é bem acabar com o sofrimento dos animais. Eu entendo e sou solidária com os vegetarianos. Os vegetarianos têm todas as razões para não gostar de pessoas, eu também não gosto - tirando aquelas duas ou três que também gostam de mim. Por isso, a única alternativa viável e lógica ao consumo de alimentos de origem animal é o canibalismo.

- Vou lá ter

O «ir lá ter» é das melhores expressões da nossa língua, que sintetiza na perfeição o oportunismo da raça humana. Não vamos lá para dar nada a ninguém, só vamos lá para ter.

Ameaça

Teria tanto para dizer sobre coisas que não me dizem respeito.