Ideias brilhantes que, de simples, não ocorrem aos "futuros" escritores portugueses, ou metamos-lhes juízo naquelas cabecinhas
1 - É conveniente que tenham lido mais do que meia dúzia de livros antes de se acharem suficientemente bons para publicar.
2 - Sim, há várias editoras portuguesas a apostar em autores portugueses só que os senhores autores não lêem, logo adoptam a posição senso comum de que as editoras não apostam.
3 - Não, de facto, a poesia não dá qualquer dinheiro aos editores por mais apoios e todas as ajudas conseguidas. A tiragem média de um livro de poesia em Portugal, incluíndo grandes clássicos, é de 150 a 200 exemplares. Isso não compensa. Do teatro então, nem se fala.
4 - Não, a Florbela Espanca não é o último grito em poesia feminina.
5 - Não, não há literatura séria e a outra. Há aquela literatura que pode ser vendida e a literatura que fica nos armazéns.
6 - Sim, é possível escrever boa literatura usando temas atractivos para um público mais generalista. É preciso é talento.
7 - Sim, vou voltar a repetir: é preciso ler IMENSOOOOOOOOOOOOOOOO para se conseguir escrever bem e isso não basta; é preciso talento.
8 - Pois, é conveniente mostrar que se sabe alguma coisa sobre a editora à qual se apresenta um original.
9 - Sim, a literatura também é um negócio.
10 - São poucos os casos de livros famosos que não foram comerciais no seu tempo e noutras alturas.
11 - Só se pode ser um bom escritor (ou um mau escritor mas que venda) se se tiver uma muito grande cultura geral e bom sentido crítico - que se adquire lendo muito, entre outras coisas. Em alternativa a isto, pode ser-se um génio.
12 - A percentagem de génios face ao "resto da população" será de 1 para 5.000.000 (mais ou menos).
13 - A probabilidade de você ser um dos dois génios portugueses é praticamente nula.
14 - Mesmo os génios têm geral de trabalhar
14.1 - Em geral os génios só são reconhecidos tardiamente.
15 - Convém perguntar às pessoas a quem se deu o livro a ler o que acham de elementos importantes do livro e não apenas contentar-se com a opinião de que o livro "é muito bom".
16 - Sim, mesmo as pessoas importantes do meio literário costumam dizer isso de um livro (sem terem lido mais que algumas páginas, se é que leram).
17 - Sim, cabe em primeira mão ao autor meditar em que é que o seu livro é diferente, mais importante, inovador ou comercial, que outros títulos disponíveis no mercado.
18 - Sim, convém saber que é um mercado e que há outros livros nele.
19 - Não, não vale a pena enviar livros por e-mail. Os editores não os imprimem para ler.
20 - As editoras que dizem que sim a tudo raramente conseguem colocar os livros no mercado.
2 - Sim, há várias editoras portuguesas a apostar em autores portugueses só que os senhores autores não lêem, logo adoptam a posição senso comum de que as editoras não apostam.
3 - Não, de facto, a poesia não dá qualquer dinheiro aos editores por mais apoios e todas as ajudas conseguidas. A tiragem média de um livro de poesia em Portugal, incluíndo grandes clássicos, é de 150 a 200 exemplares. Isso não compensa. Do teatro então, nem se fala.
4 - Não, a Florbela Espanca não é o último grito em poesia feminina.
5 - Não, não há literatura séria e a outra. Há aquela literatura que pode ser vendida e a literatura que fica nos armazéns.
6 - Sim, é possível escrever boa literatura usando temas atractivos para um público mais generalista. É preciso é talento.
7 - Sim, vou voltar a repetir: é preciso ler IMENSOOOOOOOOOOOOOOOO para se conseguir escrever bem e isso não basta; é preciso talento.
8 - Pois, é conveniente mostrar que se sabe alguma coisa sobre a editora à qual se apresenta um original.
9 - Sim, a literatura também é um negócio.
10 - São poucos os casos de livros famosos que não foram comerciais no seu tempo e noutras alturas.
11 - Só se pode ser um bom escritor (ou um mau escritor mas que venda) se se tiver uma muito grande cultura geral e bom sentido crítico - que se adquire lendo muito, entre outras coisas. Em alternativa a isto, pode ser-se um génio.
12 - A percentagem de génios face ao "resto da população" será de 1 para 5.000.000 (mais ou menos).
13 - A probabilidade de você ser um dos dois génios portugueses é praticamente nula.
14 - Mesmo os génios têm geral de trabalhar
14.1 - Em geral os génios só são reconhecidos tardiamente.
15 - Convém perguntar às pessoas a quem se deu o livro a ler o que acham de elementos importantes do livro e não apenas contentar-se com a opinião de que o livro "é muito bom".
16 - Sim, mesmo as pessoas importantes do meio literário costumam dizer isso de um livro (sem terem lido mais que algumas páginas, se é que leram).
17 - Sim, cabe em primeira mão ao autor meditar em que é que o seu livro é diferente, mais importante, inovador ou comercial, que outros títulos disponíveis no mercado.
18 - Sim, convém saber que é um mercado e que há outros livros nele.
19 - Não, não vale a pena enviar livros por e-mail. Os editores não os imprimem para ler.
20 - As editoras que dizem que sim a tudo raramente conseguem colocar os livros no mercado.
3 Comments:
Para mim, este é provavelmente o post mais importante que já li num blog, e chega numa altura em que realmente precisava dele.
E já o li duas vezes. E vou ler mais vezes, para o interiorizar até aos ossos. Até os dois génios portugueses o deviam ler atentamente.
Muito obrigado grande Salvador_Daqui!
Post super super genial... Nunca te convidaram para escrever um 'The Publishing Industry for Dummies'?
infelizmente não :P
Enviar um comentário
<< Home