segunda-feira, setembro 04, 2006

O Medo e a Inocência

Com efeito, noutros tempos os medos eram outros. Hoje em dia olhamos para muitas das coisas criadas para meter medo e percebemos que, a não ser que tenham sido criadas com arte e talento, já não surtem efeito. Mas isso é assim com tudo. Salvo motivos do momento, raramente voltam ao primeiro plano coisas que tenham saído do conhecimento colectivo. E se um Nosferatu ainda assusta, se os contos de Sheridan Lefanu e M. R. James ainda aterrorizam o nosso imaginário, já não se pode dizer o mesmo do primeiro grande romance europeu sobre vampiros ou disto Esta questão ocorreu-me ao relembrar, na Feira de Artesanato do Estoril, uma pequena exposição de ogres noruegueses muito simpáticos na sua fealdade. De facto, as intenções e a verdadeira natureza das coisas, por vezes, não interessam face à leitura que as massas fazem.

P.S. :Para os cinéfilos trata-se de Yvette Mimieux,
representando o papel de Weena
na adaptação de
«The time machine» de H. G. Wells sob a
batuta
de George Pal, corria o ano de graça de 1960.