Double O
Como os Óscares, a IMDB está a perder toda a credibilidade. Oito ponto qualquer coisa para o pior James Bond de sempre. Pior que George Lazenby ou Timothy Dalton (que tiveram a sorte de ter argumentos e realizadores bons). Não há qualquer eficácia em retratar um Bond jovem e impetuoso quando se substitui a Guerra Fria pelo 11 de Setembro. Um filme de Bond não pode ter um flashback no qual Bond mata como uma personagem de Tarantino. Este Bond é o que os mais afeiçoados a Bond chamariam um Bond não-canónico e, eu acrescento, um Bond mau. Os computadores são muito CSI Miami (a julgar pela camisinha florida de Daniel Craig); as sequências das cenas de maior acção são confusas, provavelmente para esconder os truques e efeitos especiais; o tema principal da banda sonora é medonho; as Bond Girls são chatas; os carros são completamente desprovidos de estilo; as paisagens não têm interesse; as personagens "secundárias" não persistem na memória; e onde está o meu magnífico John Cleese? Safam-se o vilão (um francês lívido que chora lágrimas de sangue), o grafismo inicial (quase arruinado pela música de fundo) e o poker. Daniel Craig até é giro (ou, como ouvi alguém dizer, tem "cara de cama"), mas e aquele je ne sais quois?
3 Comments:
e, sinceramente!, resolver todos os enigmas por telemóvel?
Como vivo cá na terrinha, fico à espera que o filme chegue...
Em termos de carritos... porque não um Morgan? Já que é e será sempre um "very british".
Então e os mauzões? Ahh que saudades daquele fulano com a matraca em metal... ou o outro do chapéu assassino. Então e o barquinho comuma cama redonda e champanhe logo ali à mão. Isso sim!
ok ok..já me calei...
é e será é que começa a não ser, aliás neste filme muito pouco é como era... nem o vodka martini... a bem dizer...
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